
Niura Bellavinha, Julio Villani e Vasilis Zografos
Huile sur toile
Vernissage quinta-feira, 17 de setembro de 2015, a partir das 18h.
Exposição de 18 de setembro a 1 de novembro de 2015
A exposição apresentará trabalhos de Niura Bellavinha, Julio Villani e Vasilis Zografos, com obras que vão do figurativo ao abstrato através da técnica de pintura a óleo. Temas fundamentais como a temporalidade, o objeto e o modo de expressão são o foco do pensamento de cada um desses artistas.
A pintura a óleo está presente em diferentes momentos históricos e em variados contextos artísticos e literários, o que a coloca como uma técnica extremamente presente e influente na cultura universal.
Óleo sobre tela, técnica utilizada por diversos pintores, encontra seu espaço no início do século XV, após um longo caminho traçado por inúmeros pincéis e variados suportes. Nesse contexto, as obras de Zografos podem ser consideradas estudos de natureza morta, quando na realidade seu trabalho refere-se a uma crítica política sobre os últimos anos na Grécia. Com evidentes referências à arqueologia, Vasilis destaca que o consumo é um fenômeno característico da decadência do estilo de vida “de luxo” de cada período.
Paralelamente, "a questão da identidade que permeia o processo de Julio Villani não é apreendido somente no que se refere à questão da linha, seja ela de divisão, de ligação ou de equilíbrio, mas por todo um trabalho sobre a memória (...) que lhe permite formular a combinação de duas temporalidades a fim de criar uma nova que confira à obra sua própria existência”. Ph. Piguet, Prólogo da monografia" Julio Villani: it’s (a ga) me ", Ed Bookstorming, Paris 2010.
Finalmente, a natureza, elemento comum aos três artistas representados, é tema central na obra de Niura Bellavinha, que reinterpreta a tela como um pote cheio. Ela usa o jato d’ água na parte de trás tela criando manchas e formas que ela denomina "infiltrações". Essas infiltrações representam a transpiração interior e exterior da pintura, fortemente relacionada aos corpos humanos; o motor e o vetor que inspiram um discurso fluido de conexões inesperadas.